Dia Mundial da Higiene das Mãos

O Centro Hospitalar de Leiria associa-se à Organização Mundial de Saúde (OMS) para assinalar o Dia Mundial da Higiene das Mãos, que se comemora no dia 5 de maio, através do mote "Está nas tuas mãos prevenir a sépsis!”. A OMS comemora anualmente esta efeméride com a finalidade de melhorar as boas práticas nos cuidados de saúde.

O Grupo Coordenador Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (GCL-PPCIRA), em conjunto com o Gabinete da Qualidade e a DGS, promovem ações de sensibilização junto dos profissionais e dos utentes, no âmbito do Projeto de Literacia para a Saúde e  Segurança dos Cuidados de Saúde, na semana de 7 a 11 de maio.

Os vários Serviços do CHL participam nesta efeméride através do registo fotográfico para difusão da mensagem principal, cuja moldura foi construída e decorada pelos utentes do Hospital de Dia de Psiquiatria do CHL.

Veja aqui a fotogaleria.
 
 

Porque se fala tanto da “lavagem das mãos?”

As mãos são a nossa ferramenta mais preciosa no dia-a-dia. Com elas cuidamos da nossa higiene (e por vezes da de outros), com elas preparamos os alimentos, conduzimos, escrevemos, acarinhamos, cumprimentamos… 
 
Independentemente da idade ou da profissão, as mãos tocam numa grande diversidade de objetos, superfícies e pessoas, sem que pensemos nesse facto, contudo facilmente percebemos que, mesmo sem sujidade visível, as mãos transportam uma múltipla variedade de substâncias e micróbios. A pessoa pode assim infetar-se com esses germes tocando nos seus olhos, nariz ou boca, ou espalhando-os para os outros.
 
Quando se toca nos olhos, nariz ou boca, ou num corte ou ferida aberta, sem ter lavado as mãos, o risco de infeção aumenta: muitas doenças, como a gripe, meningite, constipações e diarreia infeciosa, são frequentemente passadas de uma pessoa para outra desta forma.
 
Os micróbios também se podem espalhar se uma pessoa espirrar ou tossir para as mãos e depois tocar num objeto, como a maçaneta da porta, um banco do autocarro ou telefone público. Os vírus podem sobreviver durante horas nas coisas que tocamos regularmente, podendo a próxima pessoa que tocar nesses objetos ficar doente se também ela não lavar as mãos - e iniciando assim um novo “ciclo” de contaminação.
 
Lave as suas mãos com frequência, mesmo que não lhe pareçam sujas! Higiene das mãos: gestos simples que salvam vidas.

Lavagem das mãos: a maneira fácil e económica de prevenir a infeção

A higienização das mãos é uma das formas mais fáceis e económicas de prevenir a infeção. Por esse motivo, a Organização Mundial de Saúde lançou o desafio “Salve Vidas – Lave as mãos” para todos os profissionais de saúde, sensibilizando-os para a necessidade de higienizarem as mãos em cinco momentos distintos: antes de abordar o doente, antes de realizarem procedimentos que exigem assepsia, depois de tocar o doente, depois de contacto com produtos orgânicos (como a urina ou o sangue), e depois de sair do local onde se encontra o doente. Este desafio é assinalado todos os anos no dia 5 de maio, em todos os países que fazem parte deste projeto.
 
Sendo inegável a necessidade de manter uma higiene adequada nos cuidados de saúde, não é menos importante que cada cidadão tenha também cuidados com as suas mãos. Manter as mãos limpas através de uma melhor higiene é um dos passos mais importantes para evitar ficar doente, e para evitar transmitir doenças a outras pessoas.
 
Assim, quando é afinal preciso lavar as mãos?
Quando as mãos estão visivelmente sujas
Antes e depois de manusear e preparar a comida
Antes de comer
Antes de tomar medicação
Antes de usar ou remover as suas lentes de contato
Depois de tossir ou espirrar
Depois de assoar o nariz 
Depois de usar a casa de banho
Depois de trocar a fralda de uma criança
Depois de tratar feridas ou cuidar de uma pessoa doente
Depois de manusear lixo
Depois de tocar em algum animal, nos alimentos para animais, ou nos seus dejetos
 
Colabore! Higiene das mãos: gestos simples que salvam vidas.

Como lavar as mãos?

Lavar as mãos envolve cinco passos simples mas importantes: molhar as mãos, adicionar sabão, esfregar as mãos, enxaguar e secar. Geralmente, o que a maioria de nós faz, é molhar, adicionar sabão, friccionar levemente, enxaguar. Por vezes nem secamos, apenas sacudimos a mãos. 
 
Acontece que se apenas se esfregar sabão entre as palmas das mãos, estas provavelmente continuarão sujas. Os germes gostam de se “esconder” debaixo das unhas e entre os dedos, assim, deve-se esfregar bem essas áreas, uma vez que a fricção é a chave para eliminar a sujidade, a gordura e os micróbios da pele. Esfregue as suas mãos, palma com palma, depois entrelaçando os dedos lave os espaços entre os dedos, de seguida as costas das mãos, e finalmente os polegares e as pontas dos dedos. Este processo deve demorar pelo menos 20 segundos. É importante esfregar todas as superfícies, incluindo os pulsos e sob as unhas. 
 
As mais diligentes técnicas de lavagem das mãos são inúteis se não houver o cuidado de as secar, pois os micróbios gostam de se reproduzir na humidade. Sair da casa de banho com as mãos ainda húmidas pode facilitar a passagem de micróbios da próxima superfície que alguém tocar. Se houver a opção entre toalhas de papel e sopradores de ar, deve-se escolher as toalhas de papel pois mantêm as mãos adequadamente secas sem salpicar resíduos de água, que podem conter ainda alguns micróbios Se os sopradores forem a única opção, as mãos devem ficar sob o sopro até que estejam completamente secas, mesmo que demore um pouco. 
 
Quanto à seleção do sabão ou detergente, lembre-se que por os micróbios gostarem de humidade, o sabonete em barra, utilizado por muitas pessoas, pode estar contaminado. Prefira dispensadores de sabonete líquido. 
 
Quanto aos mais pequenos, as crianças devem ser incentivadas e ajudadas a manterem-se saudáveis, com motivação e ensinamento de como lavar corretamente as mãos, e com frequência. Os pais devem lavar as mãos com os filhos, mostrar como se faz, para mais facilmente as crianças criam esse hábito. Uma dica para os pais treinarem a lavagem das mãos nos 20 segundos recomendados: cantem a música “parabéns a vocês” duas vezes! 
 
Higiene das mãos: gestos simples que salvam vidas.

Deve-se usar soluções desinfetantes em vez de água e sabão?

Se as mãos estiverem visivelmente sujas, devem lavar-se com água e sabão. Mesmo as pessoas que preparam comida devem lavar as mãos usando sabão e água, em vez de usar desinfetantes.
 
Os desinfetantes para as mãos à base de álcool, que se vendem em várias superfícies comerciais, são uma alternativa aceitável quando a água e o sabão não estão disponíveis. Neste caso, deve ter considerado os seguintes pontos: 1) o desinfetante para as mãos à base de álcool não elimina todos os micróbios das mãos e não remove certas substâncias, como pesticidas e metais pesados. Nestas situações, o sabão e a água funcionam melhor; 2) se não houver água corrente disponível para lavar as mãos, o desinfetante para mãos à base de álcool é melhor que nada. 
 
Por exemplo, caso tenha por hábito colocar o saco do lixo no contentor quando sai de casa de manhã, e já não volta a casa para lavar as mãos, indo diretamente para o carro, deve utilizar o desinfetante à base de álcool, porque é melhor que nada, sendo que o ideal, é mesmo lavar as mãos com água e sabão, recordando os cinco passos que indicámos ontem, e sendo que a lavagem deve durar pelo menos 20 segundos.
 
Os desinfetantes para as mãos à base de álcool são adequados para crianças e adolescentes, especialmente quando não há água e sabão disponíveis. No entanto, é necessário supervisionar as crianças pequenas. A ingestão de desinfetantes à base de álcool pode causar intoxicação por álcool!
 
Higiene das mãos: gestos simples que salvam vidas.

Pratique os passos para uma correta higienização das mãos: contribua para a prevenção da doença

Quando a lavagem das mãos é muito frequente, a pele pode ficar seca, especialmente durante o inverno, e a pele pode abrir fissuras - o que pode fornecer uma abertura para os germes entrarem no corpo. Para prevenir a pele seca, pode aplicar um creme hidratante (mas lembre-se de secar sempre muito bem as mãos!).
 
Quanto aos mais pequenos, as crianças devem ser incentivadas e ajudadas a manterem-se saudáveis, com motivação e ensinamento de como lavar corretamente as mãos, e com frequência. Os pais devem lavar as mãos com os filhos, mostrar como se faz, para mais facilmente as crianças criam esse hábito. Uma dica para os pais treinarem a lavagem das mãos nos 20 segundos recomendados: cantem a música “parabéns a vocês” duas vezes! 
 
Lembre-se que lavar as mãos regularmente é uma das melhores maneiras de remover micróbios indesejáveis, evitar ficar doente, e impedir a propagação de micróbios para outras pessoas. É rápido, é simples e pode impedir a doença.
 
Lavar as mãos é uma vitória para todos - exceto para os micróbios!


Lavagem das mãos: todas as mãos contam!

A Organização Mundial da Saúde alerta para a importância de todos contribuirmos para a reduzir a doença, apostando sobretudo na prevenção. A lavagem das mãos é um dos gestos mais valorizados, porque reduz o risco de contrair gripe, diarreia, gastroenterite, conjuntivite e outras doenças transmissíveis. 
 
As mãos são a parte do corpo que estabelece mais vezes contacto com outras pessoas, e tocamos com elas nos olhos, no nariz, na boca, no corpo, e muitas vezes ao longo do dia. Também sabemos que constantemente passamos as mãos por objetos e superfícies onde outras pessoas tocaram, sem pensar que não estão devidamente limpos, e sem nos apercebermos, vamos espalhando, por onde passamos, germes que podem ser prejudiciais à saúde. Este risco reduz de forma muito significativa se lavarmos frequentemente as nossas mãos - sobretudo se estiverem visivelmente sujas - antes e depois das refeições, depois de assoar o nariz e de ir à casa de banho. 

Lavagem das mãos: a prevenção não tem idade

As crianças são um grupo especialmente vulnerável pela sua natureza curiosa, que os leva a interagir e explorar constantemente tudo à sua volta, rodeando-se de outras crianças nas brincadeiras, sem preocupações ou apreensões. Devemos lembrá-las que quando partilhamos brinquedos, usamos canetas e lápis emprestados, abrimos e fechamos as portas, mexemos no rato do computador ou falamos ao telefone não sabemos se quem tocou nesses objetos antes de nós tinha as mãos limpas. Há que explicar-lhes a importância de lavar as mãos com água e sabão, para que estejam limpas quando vamos comer, quando tocamos nos olhos ou na boca, pois os germes facilmente entram no nosso corpo por essas vias. É importante ensiná-las a lavar as mãos corretamente, esfregando as palmas das mãos, as costas das mãos e entre os dedos, não esquecendo de as secar no fim. Para que as crianças apreendam estas regras é fundamental que os adultos as sigam na sua rotina, ensinando-as pelo exemplo, para que se torne um hábito. Sugira às suas crianças que cantem sempre a mesma música, como por exemplo o “parabéns a você”, quando lavam as mãos, para que se habituem a ensaboá-las e esfregá-las pelo menos durante a duração dessa melodia – que também torna o momento bastante mais divertido!
 
Ter um animal de estimação é o sonho de muitas crianças. É benéfico para o seu crescimento e desenvolvimento, e muitas vezes são amigos inseparáveis. Quando termina a brincadeira, e antes da refeição, as crianças devem ser lembradas da importância de lavar as mãos com água e sabão, sobretudo se os animais andam na rua, pois podem ter parasitas intestinais que são transmitidos facilmente através das nossas mãos. 
 
Não há limite de idade para a prevenção das doenças. Cada um de nós, independentemente da idade, pode ter mais saúde se seguirmos alguns princípios de higiene simples e fáceis.

Vamos promover etiqueta respiratória?

A etiqueta respiratória consiste numa série de cuidados a ter quando tossimos, espirramos ou nos assoamos. Gestos simples que repetimos diariamente, como usar um lenço de papel para assoar, podem contribuir significativamente para não espalhar a gripe e as constipações. Quem tem crianças pequenas deve-lhes colocar no bolso das calças ou no casaco, um maço de lenços de papel, ensinando a utilizar um de cada vez e lavar as mãos a seguir.
 
Algumas pessoas ainda gostam de utilizar lenços de pano, que dobram com todo o cuidado e colocam no bolso, voltando a usar quando aparece o pingo a cair do nariz. Porém estes lenços reutilizáveis podem conter e acumular os germes da constipação, porque vamos mexer numa área já suja. Para além disso sujamos também o nosso bolso, onde a seguir colocamos, por exemplo, o telefone. Portanto é mais correto usar lenços de papel, que devem ser colocados no lixo após cada utilização. 
 
Outro cuidado importante é usar o cotovelo para conter o espirro, em vez de colocar a mão à frente da boca. Não se esqueça também de manter alguma distância das outras pessoas quando estamos com tosse, ou constipados (sempre que possível mais de um metro).
 
Vamos ser os mestres da etiqueta respiratória?

Para melhor prevenção, em todos os espaços ter atenção

Nos espaços onde circulam muitas pessoas, como os transportes públicos, centros comerciais, e outros locais, não devemos esquecer que todas as superfícies são tocadas centenas de vezes por dia, por centenas de mãos. Se pensarmos nas escadas rolantes de um centro comercial, facilmente percebemos que a maioria das pessoas se ampara no corrimão para subir ou descer, como medida de segurança. Este facto não nos deve inibir de utilizar estes apoios, pelo contrário, devemos sempre tomar todas as precauções de segurança. Contudo é imprescindível não esquecer que antes de comer (ou até mesmo levar a mão à cara) temos de lavar as mãos. 
 
Quando falamos em espaços públicos não podemos esquecer os locais onde se prestam cuidados de saúde, como os centros de saúde ou hospitais. Nestes locais a importância da etiqueta respiratória e da lavagem das mãos assume ainda maior importância, pois é nesses espaços que nos cruzamos com pessoas doentes. Sempre que entramos num estabelecimento de saúde devemos lavar as mãos com água e sabão ou higienizá-las com solução alcoólica, que frequentemente se encontra à entrada das instituições, ou no caso dos hospitais, junto à cama dos doentes. O mesmo se aplica à saída. 
 
A responsabilidade no controlo das infeções cruzadas (infeções que passam de uma pessoa para outra) é de todos: profissionais de saúde, doentes e visitas. Para darmos o nosso contributo para esta causa devemos seguir as orientações dos profissionais de saúde e manter as regras básicas de higiene, não esquecendo que a mais importante é a lavagem das mãos.