Cuidados com o frio

O tempo frio exige alguns cuidados!
  • Mantenha-se quente, use várias camadas de roupa
  • Proteja as extremidades do corpo, use luvas, gorro, meias grossas, cachecol
  • Mantenha-se hidratado, beba preferecialmente bebidas quentes, como o chá

Não se esqueça que os grupos de risco são especialmente suscetíveis ao frio:
  • Crianças
  • Idosos
  • Doentes crónicos
  • Sem-abrigo

Recorde os conselhos da DGS para o tempo frio, aqui, e veja abaixo mais informações sobre como se proteger.


Veja também o vídeo da DGS sobre os cuidados a ter com o frio!
 

Efeitos do frio na saúde

A exposição ao frio intenso, sobretudo durante vários dias consecutivos, pode ter efeitos negativos na saúde.

Em situações de frio intenso são produzidas alterações no organismo que facilitam o aparecimento de doenças como a gripe e outras infeções respiratórias, bem como o agravamento das doenças crónicas, nomeadamente cardíacas e respiratórias.

Durante o inverno, há ainda mudanças do comportamento social, com maior tendência para concentração de pessoas em locais fechados, o que pode contribuir para a propagação de algumas doenças infeciosas. De forma indireta, o frio pode também causar acidentes rodoviários, quedas devido ao gelo, incêndios e intoxicações por monóxido de carbono devido ao uso incorreto ou mau funcionamento de lareiras ou de outros sistemas de aquecimento.  

O impacto na saúde depende da duração e da magnitude do período de frio. As condições térmicas e de isolamento dos edifícios, assim como as medidas de proteção adotadas são outros fatores relevantes.

(Fonte)

Como se proteger do frio - recomendações gerais

Recomendações gerais para a população


A exposição ao frio intenso, particularmente durante vários dias consecutivos, pode contribuir para a transmissão de doenças infeciosas do aparelho respiratório e provocar lesões relacionadas com o frio. O enregelamento e hipotermia entre outros problemas de saúde graves que podem obrigar a cuidados médicos de emergência.


Recomendações principais
  • Mantenha o corpo hidratado e quente;
  • Mantenha-se protegido do frio;
  • Mantenha a casa quente;
  • Mantenha-se especialmente atento se tiver algum problema de saúde;
  • Mantenha-se em contacto e atento aos outros.

Antes de um período de frio
  • Verifique se os equipamentos utilizados para aquecimento estão em condições de ser usados e o estado de limpeza da chaminé da lareira;
  • Coloque um termómetro dentro de casa em local visível;
  • Calafete portas e janelas para evitar a entrada de ar frio e a saída do calor acumulado;
  • No caso de estar prevista a ocorrência de um período de frio intenso ou neve forte, assegure-se de que dispõe dos bens necessários para 2 ou 3 dias, de modo a evitar sair de casa. Atenda às necessidades de bens alimentares, água potável, medicamentos e botijas de gás suplementares, se for o caso;
  • Mantenha-se atento às previsões meteorológicas.

Durante um período de frio

 
No domicílio

 
  • Mantenha a temperatura da sua casa entre os 18ºC e os 21º C;
  • Se não conseguir aquecer todas as divisões da casa, tente manter a sala de estar quente durante o dia e aqueça o quarto antes de se ir deitar;
  • Se utilizar lareiras, braseiras, salamandras ou equipamentos de aquecimento a gás mantenha a correta ventilação das divisões de forma a evitar a acumulação de gases nocivos à saúde, evitando os acidentes por monóxido de carbono que podem causar intoxicação ou morte;
  • Não utilize fogão a gás, forno ou fogareiro a carvão para aquecer a casa. Também não deve utilizar equipamentos de aquecimento de exterior em espaços interiores;
  • Evite dormir/descansar muito perto da fonte de calor;
  • Apague ou desligue os sistemas de aquecimento antes de se deitar ou sair de casa, de forma a evitar fogos ou intoxicações;
  • Promova uma boa circulação de ar, não fechando completamente as divisões da casa, mas evite as correntes de ar frio;
  • Mantenha sob vigilância a utilização de botijas de água quente, para evitar o risco de queimadura.

 
Cuidados pessoais e vestuário
  
  • Mantenha a pele hidratada, principalmente mãos, pés, cara e lábios;
  • Use várias camadas de roupa, em vez de uma única muito grossa, e não use roupas demasiado justas que dificultem a circulação sanguínea;
  • Proteja as extremidades do corpo (com luvas, gorro, meias quentes e cachecol) e use calçado adequado às condições meteorológicas;
  • Evite andar descalço no chão frio ou molhado.
 
Alimentação

  
  • Faça refeições mais frequentes encurtando as horas entre elas;
  • Dê preferência a sopas e a bebidas quentes, como leite ou chá;
  • Aumente o consumo de alimentos ricos em vitaminas, sais minerais e antioxidantes (por exemplo, frutos e hortícolas), pois contribuem para minimizar o aparecimento de infeções;
  • Faça uma alimentação variada e saudável, evitando alimentos fritos, com muita gordura ou açucarados;
  • Evite bebidas alcoólicas que provocam vasodilatação com perda de calor e arrefecimento do corpo.
  • Atividades e exercício físico no exterior
  • Mantenha a prática de exercício físico habitual, mas em situações de frio intenso evite fazer exercício físico de esforço ao ar livre;
  • Se tiver de realizar trabalho de intensidade física, proteja-se com roupa adequada e vá doseando o esforço;
  • Procure um local abrigado se a temperatura diminuir e houver muito vento;
  • Em caso de frio intenso faça pequenos movimentos com os dedos, os braços e as pernas evitando o arrefecimento do corpo;
  • Evite caminhar sobre o gelo devido ao risco de lesões por queda;
  • Procure manter-se seco e evite arrefecer com a roupa transpirada no corpo;
  • Beba água antes, durante e depois da atividade física para evitar a desidratação.

  
Se vai viajar de automóvel 
  

  • Informe-se sobre a previsão meteorológica, sobre problemas de circulação automóvel e assegure-se de que dispõe de um mapa ou outro meio de localização;
  • Se a previsão meteorológica incluir a queda de neve leve roupas quentes e mantas bem como comida e bebidas quentes, tendo em conta que pode ficar bloqueado;
  • Evite viajar sozinho ou em situações de reduzida visibilidade;

Para além das recomendações anteriores, tenha em conta as orientações da DGS para proteção contra a gripe.

 

Como se proteger do frio - recomendações grupos vulneráveis

Grupos vulneráveis
 
Algumas pessoas são mais vulneráveis aos efeitos do frio intenso, exigem atenção especial e medidas específicas de proteção, nomeadamente:

  • Crianças nos primeiros anos de vida;
  • Pessoas com 65 ou mais anos ou com mobilidade reduzida;
  • Portadores de doenças crónicas;
  • Pessoas que desenvolvem atividade no exterior, expostas ao frio;
  • Praticantes de atividade física no exterior, expostos ao frio;
  • Pessoas que consomem álcool em excesso ou drogas ilícitas;
  • Pessoas isoladas ou em carência social e económica.


Crianças nos primeiros anos de vida

Bebés e crianças pequenas são especialmente sensíveis ao frio intenso. Perdem o calor do corpo de forma mais rápida do que os adultos e não produzem calor suficiente para compensar as perdas.

Principais cuidados a ter:

  • Não sair de casa com o bebé ou recém-nascido nos dias de frio intenso;
  • Agasalhar o bebé, principalmente a cabeça e as extremidades do corpo (mãos, orelhas e pés) se tiver que sair de casa;
  • Utilizar várias camadas de roupa em vez de uma única peça grossa;
  • Dar de beber regularmente ao bebé;
  • Transportar o bebé num carrinho para este se poder movimentar e verificar se está bem protegido do frio;
  • Evitar transportar as crianças em porta-bebés tipo mochila, que poderá comprimir as pernas e causar enregelamento.


Pessoas com 65 ou mais anos ou com mobilidade reduzida

As pessoas idosas produzem menos calor corporal pois o seu metabolismo é mais lento e fazem menos atividade física. Por outro lado, o organismo já não tem a mesma capacidade para fazer a termorregulação necessária para prevenir os efeitos negativos do frio intenso na saúde, na maioria dos casos devido a doenças crónicas e à toma de medicação.

Principais cuidados a ter:

  • Seguir as recomendações gerais e, se necessário, aconselhar-se com o médico assistente;
  • Acompanhar e apoiar pessoas idosas ou com mobilidade reduzida para que sejam seguidas as medidas adequadas em situações de frio, nomeadamente ao nível da alimentação, vestuário, cuidados com os equipamentos de aquecimento e precauções ao sair de casa;
  • Manter um acompanhamento de proximidade de pessoas idosas sós/isoladas ou com mobilidade reduzida, por parte de familiares, amigos e vizinhos devendo, sempre que possível, fazer um telefonema ou contactar pessoalmente, pelo menos uma vez por dia, para prestar ajuda e verificar o seu estado de saúde e conforto.


Portadores de doenças crónicas

As pessoas com doença crónica são mais vulneráveis aos efeitos do frio, pelo que é necessário ter cuidados especiais. É o caso das pessoas com diabetes, doença cardíaca, vascular, reumática, mental, insuficiência respiratória (incluindo asma e doença pulmonar crónica obstrutiva) e ainda pessoas que tomam medicamentos psicotrópicos ou anti-inflamatórios.

Principais cuidados a ter:

  • Seguir as recomendações gerais e, se necessário, aconselhar-se com o médico assistente;
  • Reduzir as atividades físicas no exterior, se revelar sintomas em caso de frio intenso;
  • Certificar-se de que tem sempre consigo os medicamentos necessários.


Pessoas com doença cardíaca

O frio pode causar crises de angina de peito, pelo que a medicação para o tratamento destas situações deve estar sempre acessível.


Pessoas com doenças respiratórias

O frio pode provocar crises de asma (causadas pela constrição dos brônquios devido à inalação de ar frio) o que facilita o surgimento de infeções respiratórias (constipações, gripes, pneumonias).


Pessoas com Diabetes

Os problemas de má circulação são frequentes nas pessoas com diabetes, o que as torna mais vulneráveis ao frio. Durante o inverno devem ter atenção especial:

  • Ao vestuário, em especial, dos membros inferiores e pés, usando meias e calçado quentes;
  • Ao consumo calórico, é necessário ingerir mais calorias para manter o calor corporal, de modo a evitar hipoglicémias (baixas de açúcar no sangue) que têm sintomas muito semelhantes à hipotermia (baixa da temperatura corporal), designadamente sensação de tontura, letargia e tremores. A hipotermia surge com mais facilidade nas pessoas com hipoglicémia;
  • À ingestão de líquidos;
  • Aos medicamentos para a diabetes, que devem estar sempre acessíveis.


A insulina deve ser guardada entre 2 e 8 graus centígrados, porque perde grande parte da sua eficácia fora desta temperatura.

Pessoas com diabetes têm tendência para terem a pele seca, o que se pode agravar com o frio e os ambientes aquecidos. Durante o banho ou lavagem das mãos, deve ser utilizada água pouco quente e, no final, aplicar creme hidratante.


Pessoas que desenvolvem atividade no exterior, expostas ao frio

Pessoas diretamente expostas ao frio têm maior risco de enregelamento ou outros problemas associados a temperaturas baixas.

Principais cuidados a ter:

  • Seguir as recomendações gerais e, se necessário, aconselhar-se com o médico de trabalho;
  • Ingerir bebidas quentes (sem cafeína e não alcoólicas);
  • Usar equipamento adequado ao trabalho a desenvolver e às condições meteorológicas;
  • Aproveitar para aquecer durante as pausas;
  • Desenvolver a atividade laboral com outros colegas por perto;
  • Procurar apoio médico de imediato se algum dos colegas se sentir mal.


Praticantes de atividade física no exterior, expostos ao frio

Mesmo as pessoas saudáveis podem sofrer as consequências negativas do frio intenso. 

Principais cuidados a ter:

  • Começar e terminar a atividade física de forma lenta e gradual;
  • Proteger as extremidades do corpo;
  • Ingerir bebidas quentes (sem cafeína e não alcoólicas), antes, durante e no final da prática de atividade física;
  • Realizar atividade física com companhia;
  • Evitar as horas do dia de frio mais intenso (manhã cedo ou pelo final do dia);
  • Parar de imediato a atividade se sentir formigueiro ou adormecimento dos membros.


Pessoas isoladas ou em carência social e económica

No que respeita a pessoas isoladas e em situação de carência económica e social que necessitem de apoio institucional ou de apoio de pessoas próximas, devem ser consideradas as recomendações gerais, sendo de destacar alguns cuidados específicos.

Principais cuidados a ter:

  • Contactar de forma periódica, verificando o estado de saúde das pessoas isoladas, em carência económica e social, frágeis ou com dependência. Deverá ser realizado um contacto pelo menos duas vezes por dia;
  • Informar sobre locais de abrigo;
  • Informar sobre as condições meteorológicas.

 

Grupos vulneráveis

Fonte

Saúde no Inverno: quando o tempo arrefece, como manter a saúde?

Há um provérbio cheio de sabedoria popular que diz “um dia frio, outro quente, e logo se fica doente”. Esta transição de temperatura torna as pessoas mais frágeis, facilitando o aparecimento de doenças respiratórias, como a gripe, a pneumonia ou a bronquite. Por outro lado, as pessoas com doenças crónicas cardíacas e respiratórias estão mais sujeitas a agravamento da sua situação.
 
Temos então de nos preparar para esta época, fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance para evitar a doença. 
 
A Direção Geral de Saúde recomenda medidas simples, que estão ao alcance de todos:
Manter o corpo hidratado e quente;
Manter-se protegido do frio, vestindo várias camadas de roupa (em vez de uma única muito grossa). Não use roupas demasiado justas;
Deve manter a casa quente. Se não conseguir aquecer todas as divisões da casa, tente manter a sala de estar quente durante o dia e aqueça o quarto antes de se ir deitar;
Se vive sozinho, deve manter-se em contacto e atento aos outros;
Evite dormir/descansar muito perto da fonte de calor;
Proteja as extremidades do corpo (com luvas, gorro, meias quentes e cachecol) e use calçado adequado às condições meteorológicas;
Evite andar descalço no chão frio ou molhado;
Faça refeições mais frequentes encurtando as horas entre elas e dê preferência a sopas e a bebidas quentes, como leite ou chá;
Evite bebidas alcoólicas que provocam vasodilatação com perda de calor e arrefecimento do corpo.
Mantenha a prática de exercício físico habitual, mas em situações de frio intenso evite fazer exercício físico de esforço ao ar livre.

Saúde no Inverno: estou doente, e agora?

Quando, apesar de todos os cuidados preventivos, ficamos doentes, é muito importante sabermos como agir. Uma das principais doenças que aparece com o frio é a Gripe – não porque o frio em si a provoque: a gripe é provocada por um vírus – porque o frio debilita o nosso sistema imunitário, facto que o vírus da gripe aproveita para entrar no nosso organismo. 
 
Em termos preventivos, e além dos cuidados de que falámos ontem, as pessoas com mais de 65 anos, com doenças crónicas, grávidas e profissionais de saúde, são os grupos de maior risco, por isso devem vacinar-se contra a gripe.
 
Quando surgem os primeiros sinais de gripe ou de constipação devemos prevenir a sua transmissão. Basta seguir estes conselhos:
Reduza, na medida do possível, o contacto com outras pessoas;
Lave frequentemente as mãos com água e sabão. Caso não seja possível, utilize toalhetes;
Use lenços de papel de utilização única (deite nos sanitários ou no lixo comum);
Ao espirrar ou tossir proteja a boca com um lenço de papel ou com o antebraço; não utilize as mãos!
 
Infeção viral vs infeção bacteriana: saiba as diferenças
O desconforto que estas doenças trazem leva as pessoas a procurar medicamentos que aliviem os sintomas, e muitas vezes automedicam-se tomando antibiótico. Acontece que os antibióticos não tratam a gripe, nem as constipações, pois estas são provocadas por vírus, como já dissemos. Os vírus não são destruídos pelos antibióticos. Os antibióticos combatem as bactérias, e a sua prescrição tem de ser sempre feita por um médico, que decide qual o mais adequado à infeção do doente, a dose e os dias que deve tomar. Assim, caso esteja engripado ou constipado nunca tome antibióticos que tenham sobrado: além de não terem qualquer efeito contra o vírus, o seu organismo vai criar resistência aos antibióticos pela exposição continuada aos mesmos. Lembre-se: deve entregar sempre as suas sobras de medicamentos na farmácia para que sejam eliminados devidamente.
 

Infeção viral: o que deve fazer?

No caso de infeção viral, como a gripe, as constipações ou gastroenterites, etc., deve resguardar-se, evitando o contágio, e manter-se hidratado. Em qualquer situação, caso tenha dúvidas, deve sempre contactar a Linha SNS 24: 808 242424. 
 
Deixamos-lhes as recomendações da DGS para fazer em caso de gripe.
 
Cuide-se:
Fique em casa, em repouso;
Não se agasalhe demasiado;
Meça a temperatura ao longo do dia;
Se está grávida ou amamenta não tome medicamentos sem falar com o seu médico;
Utilize soro fisiológico para tratar a obstrução nasal;
Não tome antibióticos sem recomendação médica. Não atuam nas infeções virais, não melhoram os sintomas nem aceleram a cura;
Beba muitos líquidos: água e sumos de fruta;
Se viver sozinho, especialmente se tiver limitações de mobilidade ou estiver doente, deve pedir a alguém que lhe telefone regularmente para saber como está.
 
Evite transmitir a gripe com as medidas que já referimos ontem: evitar o contacto com outras pessoas, lavar frequentemente as mãos, usar lenços de papel de utilização única, e proteger a boca ao tossir. 
 
Se tiver dúvidas, contacte o SNS24: 808 24 24 24

Infeção bacteriana: regras para a boa toma dos antibióticos

Caso tenha uma infeção bacteriana, como por exemplo uma amigdalite bacteriana (que tem de ser diagnosticada pelo médico), ser-lhe-á prescrito antibiótico. 
 
Para que o antibiótico seja eficaz é fundamental cumprir as seguintes regras: 
Tomar até ao fim da prescrição;
Não reduzir nem aumentar a dose;
Cumprir a frequência correta de administração (não aumentar, nem reduzir o tempo entre a toma do antibiótico). 
 
Se não se cumprirem estes passos, a quantidade necessária e adequada de antibiótico no organismo não é atingida e as bactérias sobrevivem, podendo tornar-se resistentes. 
 
Vamos combater as bactérias multirresistentes!
A resistência das bactérias aos antibióticos acontece quando determinados antibióticos específicos perderam a sua capacidade de as matar ou de impedir o seu desenvolvimento. As bactérias resistentes sobrevivem na presença do antibiótico e continuam a multiplicar-se, causando uma doença mais prolongada ou, mesmo, a morte. A utilização excessiva ou inadequada de antibióticos acelera o aparecimento e a propagação das bactérias resistentes ao antibiótico utilizado e também a outros. Por outro lado, estas bactérias resistentes podem propagar-se e causar infeções noutras pessoas que não tenham tomado quaisquer antibióticos.
 
As bactérias multirresistentes são uma grande preocupação nos hospitais, contudo está a ser cada vez mais frequente o seu aparecimento na comunidade, o que se deve à utilização prévia de antibióticos, e ao não cumprimento das regras da sua utilização.
 
Manter a eficácia dos antibióticos é uma responsabilidade de todos. A utilização responsável e correta dos antibióticos pode contribuir para evitar o desenvolvimento de bactérias resistentes e promover a eficácia dos antibióticos para as gerações futuras.

Que cuidados devemos ter quando visitamos um doente no hospital?

Todos os doentes internados estão mais frágeis, sendo necessário cuidados redobrados para evitar que sofram uma infeção adquirida no hospital. Assim, sempre que deseje visitar algum familiar ou ente querido no hospital lembre-se que também tem responsabilidades no controlo da infeção. A principal medida para prevenção é a lavagem das mãos antes de chegar junto do doente, e depois de o visitar. 
 
Siga estes conselhos:
Lavar as mãos com água e sabão ou utilizar solução alcoólica;
Não se sente na cama do doente;
Limite a sua visita a um doente, não entre em outros quartos ou enfermarias;
Não toque nos soros, sondas, cateteres ou medicamentos dos doentes. Se necessário peça ajuda à equipa de enfermagem;
Não utilize a casa de banho dos doentes;
Não leve plantas ou flores, pois são fontes de fungos e outros microorganismos;
Respeite a indicação de isolamento do doente, se for o caso (seguindo as orientações dos profissionais de saúde);
Quando se aperceber de alguém a tossir, mantenha-se afastado pelo menos um metro;
Não leve crianças para o hospital.
 
Prevenir o contágio da infeção também se aplica a nós próprios. Assim, quando estamos com tosse, ou com sintomas de gripe, e temos de ir ao médico, devemos solicitar uma máscara assim que chegamos ao local de consulta, de forma a proteger as pessoas que partilham o espaço na sala de espera. Da mesma forma, sempre que se tossir ou espirrar temos de proteger a boca com o cotovelo, ou com lenço de papel, lavando e higienizando as mãos de seguida, de forma a evitar espalhar os microrganismos no espaço partilhado com outras pessoas.
 
A responsabilidade pela saúde de todos não diz só respeito aos profissionais de saúde, envolve cada cidadão nos pequenos gestos do dia-a-dia, e nas decisões que toma em relação à sua saúde individual em relação à saúde coletiva.