Nova Urgência do HSA assegura maior acessibilidade e melhores condições de atendimento

A 4 de Maio foi inaugurada a nova urgência do Hospital Santo André

A nova urgência do Hospital de Santo André está a funcionar desde dia 4 de maio, depois de obras de requalificação que converteram completamente o anterior espaço, que permitiram melhorar as condições de acessibilidade e atendimento dos utentes. Esta é uma obra da maior importância, um investimento prioritário, que possibilitará que, cada vez mais, o Centro Hospitalar Leria-Pombal possa ser uma referência na região e no País.

As novas instalações, a par do sistema de atendimento já implementado na urgência provisória, a funcionar desde setembro de 2010, permitirão a redução de tempos de espera, e o aumento significativo do número médio diário de utentes atendidos no Serviço. A mudança para as instalações requalificadas será efetuada a partir das 00h00 de dia 4 de maio, e os primeiros doentes poderão dar entrada nos novos serviços às 08h00.

«O novo projeto que implementámos pretende melhorar a funcionalidade e a operacionalidade do serviço, através da reformulação de circuitos e a inovação dos modelos de cuidados, e tendo como base todas as potencialidades da “Triagem de Manchester”, em que os doentes são direcionados pelo seu grau de gravidade para áreas específicas, com meios próprios», explica Helder Roque, presidente do Conselho de Administração do CHLP. «Nestas novas instalações mantemos o mesmo modelo, com uma capacidade ainda maior», sublinha.

As principais linhas orientadoras neste sistema baseado na Triagem de Manchester são separação dos doentes por gravidade (áreas de cor), a adequação dos recursos ao modelo de cuidados a implementar, as dinâmicas funcionais, a melhoria das condições de conforto, a melhoria da qualidade dos cuidados reduzindo as readmissões, a redução dos tempos de decisão e consequentemente de espera (reorganizando os fluxos e circuitos), a eliminação dos riscos de segurança das pessoas, e a reorganização dos mecanismos/protocolos de internamento.

Outras mudanças significativas serão implementadas no sistema de prestação de informação aos familiares dos doentes, que funcionará agora com um pedido efetuado ao balcão pelo familiar, que é posteriormente referenciado e cujo atendimento será feito num gabinete próprio, com a maior privacidade, por um enfermeiro. Este dará todas as informações que o familiar necessite, sobre o que está, naquele momento, a acontecer ao doente, e solicitará, se necessário, mais informações ao médico assistente.
Também o acompanhamento do doente durante o seu atendimento por parte de um familiar, ou outra pessoa indicada para o efeito, sairá muito beneficiada, com a possibilidade de cada utente ter, em todos os momentos, de acordo com as regras definidas e aplicadas na generalidade das unidades hospitalares, um acompanhante que estará sempre próximo de si. Esta possibilidade decorre da maior capacidade em termos de espaço das novas instalações, assim como da criação de salas de espera para cada uma das áreas de atendimento (verde, amarela e laranja).

A requalificação da Urgência Geral do Hospital de Santo André é um investimento de cerca de 4,2 milhões de euros, sendo que cerca de 3,2 milhões de euros respeitam às obras e equipamentos, e o remanescente à criação e operacionalização das urgências provisórias que funcionaram desde setembro de 2010. Este investimento foi assegurado com capitais próprios, que poderão, à partida, ser recuperados através de financiamento pelo QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional.

«Além da operacionalização do Serviço, que segue as mais recentes e funcionais regras de acessibilidade e prioridade de atendimento, foi tida especial atenção aos equipamentos, clínicos e outros, todos de última geração, que nos permitirão prestar os melhores cuidados, com o que existe de mais completo e mais moderno ao nível das novas tecnologias, sempre com o indispensável humanismo e empenho dos profissionais que trabalham neste Serviço», destaca Helder Roque.

«Independentemente do grande investimento que estamos a fazer na melhoria das condições do serviço, quer em termos financeiros quer em termos de recursos humanos, é importante que as pessoas tenham em mente que o recurso à urgência do Hospital, quer seja a Geral, a Pediátrica ou a Ginecológica/Obstétrica, deve ocorrer apenas quando a situação clínica não possa ser resolvida no exterior, ou seja, nas situações previsivelmente graves, ou em que a demora de diagnóstico e/ou tratamento possa acarretar graves riscos para a saúde», refere Helder Roque, salientando que «40 por cento dos doentes que atendemos na Urgência Geral ainda são não urgentes e, como tal, não deveriam recorrer à urgência hospitalar».

O presidente do Conselho de Administração chama a atenção para o facto da urgência hospitalar ter por missão prestar cuidados de saúde diferenciados, em articulação com os Centros de Saúde, pelo que «é incorreto que a grande maioria dos doentes recorra à urgência diretamente, sem antes procurar o apoio de outros serviços de saúde». Este facto «leva a um tempo de espera excessivo que, para além do desconforto, acarreta aumento do risco de contágio de outros doentes com outros tipos de doenças», salienta.

5 de Maio de 2012