Maria Guarino abre ciclo de conferências do Centro de Investigação do CHL

«Queremos colocar a investigação no centro das atenções do Centro Hospitalar de Leiria (CHL)», salientou João Morais, diretor do Serviço de Cardiologia e coordenador do Centro de Investigação (CI) do CHL, na primeira de um ciclo de conferências que vai abordar diversos temas ligados à investigação clínica e colaboração académica, que aconteceu esta quinta-feira, dia 17 de março. Maria Pedro Guarino, docente da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria, investigadora e membro do CI, foi a primeira convidada, e além de abordar vários projetos em que colaborou, fez uma análise sobre a produção científica do CHL.

Segundo apurou a docente e investigadora, na plataforma Web of Science, da Thomson Reuters, a mais exigente e mais reconhecida a nível mundial no que respeita à investigação científica – onde apenas as mais reconhecidas publicações científicas em cada país são indexadas, e em Portugal são três –, a produção científica do CHL inclui 147 papers. A Web of Science indica igualmente quantos desses trabalhos estão a ser consultados, lidos e citados (Índice h), e no caso do CHL são 19. «É a ciência que está a ser lida e que conta», explica Maria Guarino.
A docente refere ainda que, «tendo em conta o trabalho que tem estado a ser realizado no CHL, podemos dizer que estes valores são muito bons, porque este não é, de facto, um centro hospitalar dedicado à investigação, como são os grandes centros universitários, que conjugam o trabalho académico com o trabalho clínico». «Se analisarmos a produção científica de outras unidades hospitalares desta dimensão percebemos que o CHL está muito bem colocado», referiu Maria Guarino, «o que mostra bem o potencial de crescimento que o trabalho do Centro de Investigação trará».
«Temos já uma atividade de investigação muito intensa, mas temos de a divulgar», explicou João Morais, adiantando que «os portugueses não têm o hábito de publicar os seus trabalhos, e cabe a instituições não universitárias, como o CHL, valorizar a investigação como parte integrante do currículo dos seus profissionais». Maria Guarino concordou, salientando que a investigação, especialmente se puder ser feita em ambiente clínico, além do académico, traz enormes benefícios à qualidade assistencial.
Serão seis as conferências a realizar em 2016. À primeira, protagonizada por Maria Guarino, sobre “Biomarcadores de doença cardiovascular e metabólica”, segue-se, já a 21 de abril, “Dos dispositivos de suporte à engenharia de tecidos”, com Artur Mateus, investigador do Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto, do IPLeiria (programação anexa).
A atividade do Centro de Investigação do CHL pode ser consultada em www.chleiria.pt/ci.

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Leiria, 21 de março de 2016