Centro de Investigação do CHL aumenta atividade em quase 80% desde 2014

Entre 2014 e 2017 o CI iniciou 75 projetos de investigação em saúde

O Centro de Investigação do Centro Hospitalar de Leiria aumentou a sua atividade em cerca de 80% entre 2014 e 2017, um valor «muito positivo e revelador da dinâmica e da referência que este centro hospitalar quer ser nesta área», destaca João Morais, coordenador do CI. Os ensaios clínicos cresceram 400%. O CI fechou o ano de 2017 com 44 projetos de investigação em desenvolvimento, envolvendo 150 investigadores. No total, de 2014 a 2017 o CI desenvolveu 75 projetos de investigação em saúde. Para além desta atividade, foi possível ao CHL entrar no circuito dos chamados projetos financiados no âmbito do programa Portugal 2020, participando em consórcios de investigação com instituições académicas.
 
João Morais destaca o assinalável trabalho que tem sido desenvolvido, muitos dos projetos em estreita parceria com «entidades de prestígio como o Politécnico de Leiria, Universidade de Coimbra, Universidade da Beira Interior, empresas locais, e indústria farmacêutica e de dispositivos, que escolhem o CHL para desenvolver projetos de investigação». «Termos, ao fim de quatro anos com o Centro de Investigação formalizado e a funcionar em pleno, 75 projetos já concluídos ou em desenvolvimento é para nós uma vitória, e demonstrador da capacidade que temos para ser um polo de investigação em saúde, que aponta caminhos, beneficia os nossos profissionais e os nossos utentes.» 
 
Neste âmbito importantes projetos estão a ser desenvolvidos os quais visam aumentar o conhecimento mas acima de tudo melhorar a vida dos nossos doentes. A impressão 3D aplicada à produção de tecidos, aplicações informáticas para acompanhar a atividade física de doentes após enfarte do miocárdio, avaliação de técnicas cirúrgicas para doentes com cancro colo-rectal, ou a utilização da musicoterapia para alívio da dor, são alguns dos projetos em curso que podemos destacar.
 
«Apostámos ainda mais na investigação acreditando que um hospital que investiga é um hospital melhor, e com o objetivo de reforçar o crescimento de projetos de investigação e de inovação, para a melhoria dos cuidados prestados, e promover o fomento do conhecimento científico e tecnológico no CHL, e acreditamos que estamos no caminho do sucesso», remata João Morais.
 
De momento são 32 os estudos a ser desenvolvidos por iniciativa do investigador, sejam profissionais do CHL (53% do total destes projetos, sendo que destes profissionais a maioria são enfermeiros e médicos internos em formação específica) ou com origem em promotores externos (47% do total destes projetos, sendo a maioria docentes/investigadores, médicos, e médicos internos em formação específica). Destes projetos desenvolvidos por iniciativa do investigador, 18 são estudos observacionais, sete são desenvolvidos no âmbito de projetos para obtenção de mestrado, três para obtenção de doutoramento, e três são estudos intervencionais. 
 
Dos seis projetos de investigação candidatos ao financiamento do P2020, dois já foram aprovados em 2018. Dos ensaios clínicos e dos estudos observacionais com medicamentos desenvolvidos em 2017, a maioria decorre no âmbito dos serviços de Oftalmologia, Cardiologia e Dermatologia.
 
A investigação científica gera um movimento financeiro que não se pode desprezar já que as verbas recebidas irão gerar mais investigação e mais formação. Alexandra Borges, vogal do Conselho de Administração do CHL, destaca a «enorme dinâmica dos profissionais, patente no elevado número de projetos desenvolvidos por iniciativa do investigador, e também as várias parcerias com entidades externas, e das dezenas de investigadores externos que procuram o CHL para desenvolver projetos de investigação e inovação».

26 de junho de 2018