Multidisciplinaridade e controlo da dor no II Encontro de Anestesiologia e IV Jornadas de Dor

“O doente como um todo” é o tema central do II Encontro de Anestesiologia e das IV Jornadas de Dor do Centro Hospitalar de Leiria, que reúnem nos dias 5 e 6 de junho cerca de 150 participantes, para uma abordagem peri operatória de doentes cada vez mais envelhecidos e com várias patologias associadas. A iniciativa científica conta com várias sessões temáticas que visam sensibilizar os profissionais de saúde para a multidisciplinaridade no acompanhamento do doente cirúrgico, e encontrar formas para um controlo mais eficaz da dor crónica nos doentes com patologias neurológicas e reumatológicas.

«Trazer outras áreas de saúde para o tratamento do doente, fomentar o trabalho em equipa e ter uma capacidade de resposta multidisciplinar são as ideias principais que estiveram subjacentes à escolha do tema “O Doente como um Todo”», salienta Elisabete Valente, diretora do Serviço de Anestesiologia e Bloco Operatório do CHL. «Pretendemos evidenciar a importância de um olhar multidisciplinar por parte de vários profissionais de saúde, com o objetivo de diminuir as complicações peri operatórias, pelo que a opção de termos vários oradores em diversas áreas, e com origem em outras instituições, foi precisamente para enriquecer esse debate e procurar outras formas de trabalharmos em conjunto», esclarece.

“Manuseio peri operatório do doente anti coagulado” é a primeira sessão que abre o II Encontro de Anestesiologia no dia 5 de junho, a partir das 9h00, com moderação de Sónia Bento, e as perspectivas de cardiologia, na voz da Fátima Saraiva, de cirurgia, com a intervenção de Nuno Rama, e de anestesiologia, apresentada por Cristiana Fonseca. A sessão de abertura está marcada para as 11h00, seguida pelo painel sobre a “Abordagem peri operatória do doente diabético”. Moderada por Telma Carlos, esta sessão destaca o doente adulto, o doente pediátrico e a grávida diabética, com os contributos de Amália Pereira, Ester Gama, e José Dias e Sofia Pereira, respetivamente.

Isabel Macedo modera a palestra dedicada à “Anestesia do doente idoso”, onde Hélder Esperto e Ana Raimundo debatem a abordagem a este tipo de doente e a anestesia do idoso crítico. A conferência “Burn Out”, proferida por Lúcia Gonçalves e moderada por Margarida Jordão, debate o esgotamento físico e mental dos profissionais de saúde.

As IV Jornadas de Dor decorrem no dia 6 de junho e iniciam com a temática “Dor e Reumatologia”, moderada por Ana Campos, e com as intervenções de Martinha Henrique, Lúcia Costa e Augusto Faustino. Às 10h30 tem lugar a conferência sobre “Cronificação da Dor”, apresentada por Patrícia Pinto, e seguidamente são abordadas as interacções farmacológicas no tratamento da dor, por Ana Pedro. “Dor, Neurologia e Reabilitação” dão o mote à primeira sessão da tarde, com moderação de Eunice Silva. Ana Paris analisa a dor pós AVC, e Sofia Proença e Joana Henriques falam do “Olhar do fisiatra”.

Madalena Adrião modera a conferência “Farmacologia em dor – o mito dos opióides”, proferida por Margarida Anastácio. O último painel das jornadas analisa casos clínicos de Medicina Geral e Familiar, Ortopedia e Anestesiologia, com a coordenação de Ana Barros, José Casanova e Elisabete Valente.

A antecipar o encontro, nos dias 4 e 5 de junho, decorrem vários workshops, dirigidos aos profissionais de saúde interessados na área da Dor e na abordagem da Via Aérea difícil. Está também marcada uma sessão para apresentação de posters para o dia 5 de junho.