Dia Nacional da Luta Contra a Obesidade

No dia 23 de maio assinala-se o Dia Nacional Contra a Obesidade, uma efeméride que pretende consciencializar a população para a importância de diminuir o excesso de peso, através da prática de uma alimentação saudável e de uma atividade física regular.
 
Portugal apresenta taxas elevadas de excesso de peso, mas existem boas notícias: entre 2008 e 2019 verificou-se uma redução de 8,3% da prevalência do excesso de peso infantil em Portugal! Ainda que este seja um indicador positivo, que revela que as crianças estão a seguir uma alimentação mais saudável, é fundamental continuar a promover hábitos alimentares equilibrados!
 
Sabia que se estima que o excesso de peso (pré-obesidade e obesidade) atinja mais de metade da população portuguesa? É preciso travar a obesidade!
 
Para o ajudar a ter uma alimentação mais saudável e a estar corretamente informado, a equipa da Unidade de Nutrição e Dietética do CHL desenvolveu alguns materiais. Veja abaixo. 
 
 

Em tempos de Pandemia…Carência ou excesso alimentar

Em tempos totalmente diferentes do que estávamos habituados, a pandemia associada à COVID-19 veio mudar todo o nosso estilo de vida. Porventura lembramo-nos mais facilmente que a maioria das pessoas está mais sedentária, e por isso o peso irá tendencialmente aumentar, uma vez que o gasto energético é menor; ou também que o confinamento muitas vezes pode despoletar a dita “fome emocional”, com alguma compulsão alimentar e/ou preferência por alimentos ricos energeticamente (ricos em açúcar e/ou gorduras), para colmatar a falta de “algo”, certamente relacionado com a falta de socialização que o ser humano tanto procura. Por outro lado, não podemos esquecer que muitas famílias viram o seu orçamento familiar reduzido de forma drástica, quer pelo desemprego causado pelo abrandamento da economia, quer pela diminuição do salário pelo ajuste de tipo de trabalho mantido. Isto faz com que as famílias tenham de reajustar hábitos alimentares, que podem levar muitas vezes a uma ingestão alimentar deficiente. Este défice pode ser energético ou apenas em micronutrientes, devido a opções alimentares mais pobres nutricionalmente. Falamos então de carência alimentar. E esta dualidade observa-se em países ditos desenvolvidos, em que as desigualdades sociais tendem a aumentar. 
É muito importante fomentar a literacia alimentar e informar as pessoas sobre como gerir as duas situações. O nosso sistema nacional de saúde está a provar que consegue estar à altura dos grandes desafios, e os nossos Nutricionistas estão cá também para isso; para aconselhar e para ajudar a gerir esta mudança enorme no nosso estilo de vida. 
No dia 23 de maio assinala-se o Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade, um dia que reforça a necessidade de fazermos algo para contrariar a tendência de desenvolvimento desta patologia, uma vez que em Portugal quase metade da população apresenta excesso de peso, e perto de um milhão de adultos sofre de obesidade. A Organização Mundial da Saúde define a obesidade como uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afetar a saúde – excesso de gordura ocorre quando a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia gasta. Os fatores que determinam este desequilíbrio são complexos, e incluem fatores genéticos, metabólicos, ambientais e comportamentais.
Mas, como podemos prevenir e combater a obesidade? Não há uma fórmula mágica para isto. Sabemos que, matematicamente, temos de igualar a ingestão calórica ao gasto energético para mantermos o peso, e, se quisermos perder peso, temos obrigatoriamente de ingerir menos calorias do que as que gastamos. Logo, os dois vetores onde teremos de atuar passam pela alimentação e pelo exercício físico. 
Apesar de alguns conselhos gerais que possamos aplicar, quando queremos atingir um objetivo específico será importante manipularmos o estilo de vida de cada um. Personalização é a palavra-chave, porque entre estes dois vetores existe uma série de fatores associados, imprescindíveis para levar com sucesso uma caminhada de perda de peso. Desde a atividade laboral, aos horários, ao contexto socioeconómico e familiar, e a parte emocional, tudo se revela importante contextualizar e a partir daí formular metas a curto e a médio prazo. Estabelecer um plano e trabalhar muito, mas muito, a parte motivacional. 

Todos juntos conseguimos. #vaitudoficarbem
 

Artigo de opinião elaborado por:
Nutricionistas Ângela Carvalho (1484N), Fernando Costa (3844N) e Tânia Jorge, em representação da Unidade de Nutrição e Dietética, CHL

Mitos e factos sobre alimentação